domingo, 21 de junho de 2015

Momento inesquecível, mas que anda esquecido: os 45 anos do Tri da Seleção no México

Como já disse no Facebook: Se todos os podres da FIFA não tivessem sido jogados no ventilador (E quem garante que o 7 a 1 para a Alemanha pode não ter feito parte disso?),estaríamos comemorando os 45 anos do tri da Seleção numa boa. Um time único, que brilhou numa época de muita especulação, medo e desesperança no país.

Era o auge do regime militar, do chamado "milagre econômico", e do ideário de que o Brasil era (eu disse, ERA) "o país do futuro". Mesmo com o governo tendo o time de 1970 como pano de fundo para sua propaganda ufanista disfarçada de perseguição e violência aos chamados "subversivos" após a conquista da copa do México ("Brasil: Ame-o ou Deixe-o"), o brilho do escrete canarinho ultrapassou qualquer discussão ideológica. Ou seja, o coração venceu.

Porém, voltando à teia de escândalos recentes que sujaram a FIFA e a CBF como nunca, o que deveria ser inesquecível caiu no limbo da história do nosso futebol.

Time da final contra a Itália, com expressão tensa antes do jogo: Carlos Alberto Torres, Félix, Wilson Piazza, Brito, Clodoaldo, Everaldo e Admildo Chirol (em pé); Mário Américo, Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé, Rivellino e Nocaute Jack (agachados). Foto: Gerência de Memória e Acervo da CBF.



O ingresso da grande final!

Me emociono só de ver o capitão Carlos Alberto (abaixo) erguer a Jules Rimet que, 13 anos mais tarde, seria roubada por uma quadrilha de estrangeiros recalcados e derretida. Sonhei um dia, inclusive, que estava do lado esquerdo e um pouco acima na parte das arquibancadas do Estádio Azteca, a cerca de 3 metros do jogador, ao vê-lo erguer a taça de lado. Mas nasci em 1985, que loucura!


Pelé (abaixo), autor de um dos quatro gols que levariam ao tri, em momento de êxtase, abraçado a Jairzinho. Aquela seria a última copa da sua carreira, que o consagraria definitivamente como o rei do futebol. Os outros três tentos foram de Jairzinho, Carlos Alberto Torres e Gerson. O único gol italiano foi de Roberto Bonisegna.


O Brasil voltaria a jogar no México em 1986, com Zico, Junior, Sócrates, Careca e cia. Mas as quartas-de-final contra a França, perdida nos pênaltis, no estádio de Guadalajara e exatamente 16 anos após o Tri, marcaria de forma melancólica o fim da era do chamado futebol-arte da Seleção Brasileira.

Para finalizar, quem está achando a Copa América de 2015 (no Chile) totalmente artificial, é melhor assistir ao jogo da melhor seleção em copas de todos os tempos por aqui ou no link abaixo. 

https://www.youtube.com/watch?v=Cpsuz0-vlCY




Como acompanhamento, sugiro a música-tema da Copa de 1986, "Mexe Coração". Há quem goste do "Pra Frente, Brasil", de Miguel Gustavo, mas acho aquela canção tão enfadonha... Até na versão do Jota Quest fica chata!



Mas vamos todos juntos... De volta ao passado!

Até a próxima!






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